segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

SEGURANÇA SOCIAL BLOQUEIA CONTAS AO LUSITANO DE ÉVORA. PRESIDENTE ADMITE FECHAR PORTAS


HISTÓRICO DO FUTEBOL PORTUGUÊS EM RISCO DE FECHAR PORTAS.
SEGURANÇA SOCIAL 'ENFORCA' LUSITANO DE ÉVORA.

Notícia publicada no jornal A Bola no dia 17 de Fevereiro de 2007

O Lusitano de Évora corre riscos de fechar as portas. Com as contas congeladas desde Outubro de 2006 e sem dinheiro, o presidente António Brito teme o pior. Para António Brito, a culpa é da Segurança Social. «Pedem-nos dinheiro de impostos sobre as ajudas de custo que pagámos entre 1999 e 2002. Bloquearam-nos as contas e nem sequer fomos ouvidos em tribunal. Acreditamos que a lei está do nosso lado, não queremos favores, só queremos que nos ouçam», pede o presidente. O clube já reclamou no Tribunal Administrativo de Évora, mas teme que as decisões venham tarde de mais.
«Não queremos favores, só queremos que nos libertem as contas, porque o dinheiro que nos pedem não é justo, não é de lei. Queremos, pelo menos, ter oportunidade de nos defendermos em tribunal», insiste o dirigente. Em Outubro, o presidente eborense pediu um empréstimo para contornar as contas congeladas. «Mas no dia 23 de Fevereiro vai vencer-se a letra desse empréstimo. O clube corre riscos de fechar portas. Também temos duas carrinhas alugadas e, se não pagarmos o que devemos, ficamos sem elas no dia 28. A situação é dramática. Peço urgência ao tribunal para avaliar a nossa situação e ajuda a todos, desde o Governo Civil de Évora aos secretários de Estado da Segurança Social e do Desporto», solicita António Brito.
Relembre-se que o Lusitano apostou forte na venda dos seus terrenos do Campo Estrela em troca da construção de um complexo desportivo na Herdade da Silveirinha, onde a Selecção estagiou em vésperas do Mundial da Alemanha. Também estes projectos poderão ser parcialmente abalados se os problemas financeiros impedirem o clube de seguir os seus caminhos. «O Lusitano está numa rede de cordel e eu ando a tentar dar pequenos nós, para resolver os problemas. Conhecemos as leis e os acórdãos e acreditamos que aquilo que nos pedem não é correcto, sobretudo porque nem sequer fomos notificados ou ouvidos. Temos os nossos protestos feitos, mas é urgente que se pronunciem sobre eles», sublinha António Brito

Nenhum comentário: